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  • Foto do escritorEcoar Amor

O bem de um toque físico

Neste capítulo Gary Chapman fala principalmente sobre a importância do toque físico no amor conjugal. Que dos 5 sentidos, o tato é o único que não se limita a uma área específica do organismo, pois temos receptores tácteis espalhados pelo corpo todo, ampliando nossa percepção deste sentido. Algumas áreas são mais sensíveis que outras e ao tocá-las elas transportam um impulso ao cérebro que nos faz interpretar a sensação como boa ou ruim, prazeirosa ou hostil.

Um simples gesto, como tocar nos ombros de quem gostamos, pode ser suficiente se a linguagem primária desta pessoa for o Toque Físico.

Por ser um poderoso comunicador de amor ele é quase que imprescindível em situações difíceis, independente da linguagem que mais nos agrade.

E já que estamos vivendo tempos extremamente difíceis, quero compartilhar um pouco da minha experiência e como ela pode servir de inspiração para quando pudermos experimentar livremente o prazer desta linguagem!


Se não estivéssemos vivendo tempos difíceis de distanciamento social, será que saberíamos o bem que faz dar e receber um abraço?


Acredito muito que o melhor que posso fazer em situações difíceis, é ser a pessoa que tenta trazer para a superfície o lado positivo.

Sempre fui assim. Mesmo no momento mais triste da minha vida, com a morte de meu pai, eu busquei entender o que aqueles dias deixariam de aprendizado. E daquela dor nasceu minha mais intensa experiência com o amor.

Perdi meu pai, mas ganhei uma consciência muito profunda dos meus sentimentos e da importância de fazer a vida valer a pena. Quando não podemos lutar contra a realidade, temos que tentar tirar o melhor proveito dela.

Trago este exemplo porque sinto que a pandemia nos faz enfrentar muitas formas de luto. E o do toque físico é uma delas.

Pois ela nos tirou o direito de um abraço, do aperto de mãos, de um beijo, um carinho. E de repente, aquilo que nos nutria emocionalmente e fisicamente, virou o maior disseminador do vírus.

Mas e nossos desejos, nossas carências, tristezas como vamos fazer sem um abraço apertado?

E nessa hora que o luto entra com sua maior lição: O não poder, aumenta o impulso do querer.

Mas que lição então aprendemos com a dor? Dor é ruim, não dá para achar bom.

Não dá mesmo, mas ela nos ensina a entender de uma outra forma a importância daquela pessoa, gesto ou situação. Como se abríssemos uma outra janela dentro do nosso coração para aprender sobre este sentimento.

E é desta outra janela que quero falar. Aquela que se abre quando tudo sai do lugar, pois ela tem um poder absurdo de transformação.

Pense naquele abraço apertado, que junta as batidas dos corações, que a gente dá para matar a saudades ou para dizer - sem dizer - o quanto aquela pessoa é especial. Pense na profundidade deste gesto que, antes da pandemia, podíamos dar sem pensar muito sobre ele. Feche os olhos e perceba este sentimento!

E o beijo no rosto dos avós? Aquele simples beijo que damos quando os encontramos. Mas lembre agora da pele macia deles, no quentinho dos seus rostos! A gente não repara, mas tenho certeza que os olhos deles se enchem de água. Porque eles sabem que aquele beijo pode não acontecer em breve. A idade é sábia!

E aquele aperto de mãos que demonstram confiança, quando encontramos um amigo, fechamos algum contrato ou apostamos em algo importante no trabalho. Estes também andam bem escassos. Será que quando nos sentirmos mais seguros vamos olhar este aperto de mãos com mais atenção?

Se eu te pedisse para pensar nestas coisas exatamente um ano atrás, será que elas teriam o mesmo significado para você?

A saudade faz a gente pensar de um jeito diferente!

Você aceita um conselho? Vai guardando no seu baú de memórias todas estas importantes reflexões e descobertas afetivas, para quando abrirem as portas da liberdade você não esquecer a importância de cada detalhe do seu toque!

Porque a vida também prega umas peças. Quando nos reorganizamos emocionalmente a tendência é voltarmos ao padrão antigo de comportamento.

Toda vez que sinto que a correria do dia a dia e as preocupações diminuem a minha frequência afetiva eu lembro imediatamente do meu pai.


Boa reflexão.

Tenho certeza que você vai acessar uma emoção diferente e vai descobrir que ser mais amoroso é bom demais.


Amanhã falarei sobre Tempo de Qualidade

O meu favorito!









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