Escrevi este texto em Maio de 2020, no momento de maior comoção mundial com as mortes na Itália.
Apesar de ainda estarmos vivendo a pandemia, de volta com números e casos de mortes assustadores, meu coração não sente mais este texto atual. Exceto pela mensagem pois é justamente o que me move a querer crescer cada vez mais a Ecoar Amor.
A importância da expressão do afeto em nossas relações. Em todos os sentidos e formas.
O mundo chora
Cada lágrima que cai no chão é um tijolo que se ergue para uma nova estrutura ser construída
Estamos vendo crescer o sentimento de generosidade desta tristeza coletiva.
A nossa dor nos faz entender a dor do outro. Nunca estivemos tão perto de compreender o verdadeiro significado da Empatia
O vírus afastou as pessoas do convívio mas uniu o mundo
Que estrutura será construída deste choro? Será que quando as lágrimas secarem com fim da pandemia lembraremos de nossas promessas e gestos?
Estamos construindo um castelo de areia que desmancha no ir e vir das ondas ou uma casa simples resistente a qualquer tempestade.
O medo e o sofrimento nos agiganta. E quando colocamos nossas qualidades a serviço de quem amamos, descobrimos o poder do coletivo.
É certo que sairemos desta quarentena mais fortes, mais maduros e unidos - apesar da dificuldade de uma convivência intensa forçada. Conheceremos melhor nossas famílias, abraçaremos aquele amigo com toda a força do mundo. Olharemos todos que nos ajudam compreendendo seu real valor e nos orgulharemos do nosso poder de resiliência e autossuficiência. O afeto vai reinar em nossas relações por um bom tempo. Mas quanto?
Certamente as relações humanas passarão por transformações importantes, positivas e significativas. Mas temo que a normalidade nos faça esquecer de boa parte dos aprendizados. Como as promessas nunca cumpridas do último dia do ano.
A diferença entre o castelo de areia e a casa de alvenaria está no amor que colocamos nesta construção.
Hoje temos uma melhor compreensão de como o amor pode se materializar nas diferentes formas de nos relacionarmos com as pessoas. A generosidade e o olhar coletivo serão o melhor legado dessa pandemia.
Espero que nenhum de nós esqueça disso.
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